A permanência do deputado federal Leo Prates no PDT pode ter um fim na próxima janela partidária. Uma série de fatores tem impactado na manutenção da filiação do parlamentar ao partido, podendo fazer com que Leo encontre resistência em sua permanência. Mesmo com o “endosso” de Lupi desde o ano passado, a saída é vista como iminente.
Contatos iniciais de Prates com lideranças do União Brasil já teriam sido feitos, de acordo com fontes ouvidas pelo Bahia Notícias. O cenário de incerteza sobre a permanência de Leo no PDT já havia se iniciado durante o debate da saída da agora prefeita eleita de Lauro de Freitas, Débora Régis, para o União Brasil. O “cabo de guerra” poderia fazer com que Prates optasse pela manutenção da relação com o União Brasil, especialmente com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União).
Em caso de rompimento definitivo entre o PDT e o grupo ligado a Neto, Leo não pensaria duas vezes e permaneceria com o ex-prefeito. Com a movimentação, a saída do partido seria a única alternativa, apesar da boa relação que Prates construiu com diversos nomes da legenda.
Sem querer aprofundar no debate, Leo indicou que “não trabalha com hipótese”. “Eu só tive um grupo político na minha vida, o qual foi o grupo político de ACM Neto e de Bruno Reis. Acho que o PDT é uma casa que me acolheu, me deu destaque nacional. O que posso lhe dizer é que trabalharei para estarem unidos, inclusive, no projeto ao Senado de Félix Mendonça, sendo um projeto que o presidente [Carlos] Lupi lançou que me parece bastante interessante. Vou acreditar sempre na minha capacidade de articulação, na capacidade de articulação de ACM Neto e de Bruno Reis para que essa aliança seja mantida”, pontuou durante um evento do PDT.
Entre os fatores também considerados por interlocutores do PDT para a eventual saída está a articulação feita pelo deputado federal em busca da vice, na chapa pela prefeitura de Salvador, em 2024. Léo esteve inserido no debate pela composição da chapa, em que foi um dos nomes colocados para compor o espaço. A avaliação é que existiu um “desgaste” interno por conta da disputa com a atual vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), que foi reeleita.
Outro ponto também tem sido o pós-eleição. Leo teve alguns candidatos a vereador em Salvador e um dos principais nomes foi o do primeiro suplente do PDT, Zilton Neto. A busca para que ele assumisse o posto como vereador da capital exigiria que um dos edis eleitos fosse promovido para uma secretaria da capital. Informações de bastidores com lideranças do partido revelaram que o “clima” não teria ficado ideal após o movimento.
Fonte: BN